Albino Teibão comentou situação financeira do Vitória: "Ninguém gosta de estar numa situação que seja desconfortável e acho que conseguiremos seguramente ultrapassá-la"



A Gala final terá de ser um momento particularmente marcante?: "Tem que ser. Mas a um ano de distância é impossível saber o que vai acontecer. Isto porque a situação de pandemia deixa tudo incerto, mas a ideia está lá e queremos que seja um momento grandioso. Aliás, queremos que comece a ser grandioso já na homenagem ao Neno a 27 de Janeiro, dia em que completaria 60 anos. Ele continua connosco, pertence-nos e será eterno para nós. Queremos fazer uma homenagem sentida e que se torne um arranque significativo no ano do Centenário. A Câmara Municipal está empenhada e vai dar-nos todo o apoio necessário".

A Direcção do Vitória sente uma grande responsabilidade por ficar ligada a este momento simbólico do Centenário?: "Claro que sim. Essa responsabilidade foi transmitida desde o início. Tem que haver um grande comprometimento de todos e da parte da Direcção tem havido total apoio. Vamos integrar mais elementos na Comissão, essencialmente mulheres, porque vários eventos vão precisar do seu toque. Nomeadamente os direccionados às escolas, às crianças, ao sector social".

No seguimento dessa responsabilidade de que falamos, crê que é fundamental que o clube dê sinais de vitalidade, nomeadamente do ponto de vista desportivo e financeiro? Seria a cereja no topo do bolo o Vitória ganhar uma competição no próximo ano...: "É para isso que lutamos e seria fundamental. No futebol todos os anos queremos isso, mas neste muito mais. Nas modalidades temos feito o possível para igualmente alcançar êxitos. Sabemos que os resultados não dependem apenas de nós, mas vamos tentar fazer com que as pessoas se sintam ainda mais motivadas a ganhar".

Do ponto de vista financeiro há preocupação latente nos sócios com a actual situação do Vitória. Tem esperança num plano que possa solucionar os problemas existentes?: "Tenho esses sinais. Ninguém gosta de estar numa situação que seja desconfortável e acho que conseguiremos seguramente ultrapassá-la. Há planos para tal e, mesmo não sendo a minha área, sei que estão a ser feitos ajustes no sentido de termos tudo organizado, para que possamos pensar noutras coisas e não nos problemas financeiros".

Depois deste Centenário, o vitorianismo vai sair reforçado?: "Esse é o nosso objectivo. Que o Centenário seja um reforço desse vitorianismo mas também um desafio para um Vitória maior. Queremos que os sócios nos ajudem, porque sem eles não será possível. Contamos com a ajuda deles e devemos lembrar às empresas da região que o Vitória é um motor da região. Tem um papel fundamental, faz muito pela Cidade e está na hora disso ser retribuído. Gostaríamos que as empresas estivessem mais próximas do clube. E quanto aos sócios, sabemos que em cada um deles há um coleccionador. Podem colaborar connosco no Centenário. Gostaríamos de ter um museu, para além da sala de troféus que muito nos honra. Duas investigadoras da Sociedade Martins Sarmento estão a ajudar-nos a organizar o espólio do Vitória, que é imenso. Queremos mostrar a nossa história, mesmo que ainda não seja o campeonato que tanto ambicionamos. Vamos fazer o lançamento do livro comemorativo dos 100 anos; os Nicolinos prontificaram-se a fazer as Danças em homenagem ao Vitória; teremos concertos de bandas de garagem; iremos ao Teatro Jordão; lançaremos o selo comemorativo do Centenário que circulará durante o período do Centenário. A Universidade também será um grande parceiro, com o Robocup a versar sobre o Vitória. Durante o próximo ano, faremos com que a Cidade só pense Vitória".


Marcações: Vitória Sport Clube, Albino Teibão

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