Eleições Vitória: Miguel Pinto Lisboa apresentou candidatura “com experiência, estratégia e um rumo”



Miguel Pinto Lisboa apresentou, esta terça-feira, as linhas mestras da sua candidatura às eleições do Vitória, marcadas para o dia 5 de Março. Na cerimónia que teve lugar no Paço dos Duques de Bragança, o líder da Lista C assegurou que se apresenta aos sócios “com total abertura para ouvir, responder, debater, mas acima de tudo, com total abertura para esclarecer e contribuir para um Vitória maior e melhor”.

No programa de candidatura que apresentou aos associados, Miguel Pinto Lisboa assumiu que se for eleito para um novo mandato irá procurar estabelecer uma parceria estratégica. O modelo está identificado. A SAD procurará um parceiro que terá uma posição minoritária na estrutura acionista, que poderá colaborar “no desenvolvimento de jogadores para o aumento do nível competitivo do Vitória”.

“Para perceber para onde queremos ir, temos de compreender de onde vimos. Os Vitorianos exigem, a quaisquer órgãos sociais que comandem o Clube, algo muito simples e simultaneamente muito complexo. Os Vitorianos querem que o Vitória ganhe e que o Vitória cresça”, acrescentou Miguel Pinto Lisboa, que, logo de seguida, recordou o passado recente, que o conduziu à eleição para um primeiro mandato: “Esta equipa entendeu em 2019 que, para ganhar e para crescer, o Vitória teria de levar a cabo mudanças estruturais profundas. Esta equipa entendeu e entende que o objetivo do Vitória não é o sucesso eventual, mas o sucesso consistente, aquele que tem raízes profundas e que capacita o nosso Clube para pôr termo a décadas de instabilidade e de inconsequência. Por muito que nos custe, o Vitória não tem sido, ao longo deste novo século, um clube sólido e regular. Por muito que nos custe, o Vitória não alcança um top-5 no futebol em anos consecutivos desde 1998. Por muito que nos custe, o Vitória não estava, em 2019, numa situação financeira robusta nem tinha mecanismos nem equipas internas compatíveis com as exigências que todos os Vitorianos, nós incluídos, temos para o nosso Clube. Perante este quadro, o Vitória mudou e ainda está mudar. Perante este quadro, o Vitória investiu e ainda está a investir. Mesmo num cenário pandémico, mesmo num contexto de dificuldades, esta equipa acreditou num caminho e percorreu-o sem hesitações”.

Num olhar pelo passado, Miguel Pinto Lisboa notou ainda que “fizemos alterações profundas no futebol de formação, que deixou de ser um viveiro para os clubes rivais para se tornar numa das principais fontes da equipa principal do Vitória, mas também dos vários escalões das seleções nacionais. Fizemos alterações profundas na nossa equipa de apoio, profissionalizando e modernizando toda a estrutura do futebol e acrescentando-lhe valências que nos permitem ser competitivos e servir de forma mais eficaz o fim da linha de produção, que é a equipa principal de futebol. Reposicionamos o Vitória no mercado, valorizando os seus ativos de uma forma nunca antes conseguida e reafirmando a autonomia do Clube. O Vitória, que durante anos teve um acionista maioritário externo e que durante anos viveu na sombra de um potencial investidor ou comprador, é hoje dono do seu destino, contra todas as previsões e contra o desejo de alguns. Temos trilhado um caminho de convicção e de coragem, cientes de que é aquele que melhor serve o futuro do Vitória e a reconquista de um espaço que o Clube deixou de ocupar nas últimas décadas. Por isso é que também recuperamos algumas modalidades históricas e investimos em modalidades dos tempos modernos. Por isso é que olhámos para as infraestruturas e tivemos a ousadia de encurtar a distância que entretanto se abrira, por inércia de sucessivas direções, para a nossa concorrência. Atravessámos, neste mandato, um período sem igual na história do nosso Clube, que nos apresentou desafios de gestão inéditos e nos obrigou a tomar decisões difíceis”.

Miguel Pinto Lisboa notou também que a situação financeira “que tanto nos interessa a todos, apresenta hoje indicadores positivos e que nos mostram que a recuperação está em curso, tal como planeámos”.

Defendendo que “o trabalho não está completo”, o candidato da Lista voltou a referir que “dois anos e meio não são suficientes para concretizar e colher os frutos das medidas que foram e estão a ser aplicadas. Como todos os Vitorianos, também nós queremos ganhar e é para ganhar que nos candidatamos a um novo mandato. Com experiência, com estratégia e com um rumo. Para ganhar no futebol, o nosso eixo assenta na formação, no scouting e no ADN Vitória. Queremos reforçar a presença da formação no plantel principal e a presença da formação nas seleções, compreendendo também que o estatuto do Vitória enquanto potência formadora é igualmente um garante da sua solidez e autonomia financeira. Para ganhar no futebol, temos um modelo de prospeção e temos ADN Vitória, garantido por dirigentes, treinadores e staff com história no clube, distribuídos por todos os escalões e equipas e que em conjunto com equipas técnicas competentes e colaboradores especializados vão formar, com exigência interna máxima, jogadores com perfil Vitória. Queremos ganhar e valorizar, respeitando o plano estratégico sem descurar o papel que o Vitória deve ter nas grandes questões do futuro do futebol em Portugal e no grande debate da redistribuição das receitas e da competitividade da nossa Liga”.

No discurso perante os seus apoiantes, Miguel Pinto Lisboa revelou ainda que “o nosso programa, sendo coerente com aquilo que vimos defendendo, prevê um Vitória maioritário na SAD, mas com um parceiro estratégico que aporte investimento e know-how, alavancando o nosso nível competitivo e valorizando a marca Vitória, sem nunca perder de vista que o Vitória é dos Vitorianos e é de Guimarães”.

Num novo mandato, Miguel Pinto Lisboa pretende dar “um salto impossível de concretizar sem infraestruturas”, por isso prometeu “concluir o mini-estádio, avançando também para a concretização da nova Academia, complementar à atual. É também nosso objetivo permitir, através das infraestruturas, que as modalidades possam crescer em número de praticantes e em qualidade, garantindo os espaços e as condições para atingirmos os objetivos a que nos propomos”.

No capítulo das modalidades, o líder da Lista C comprometeu-se a “apresentar um programa que honre a nossa tradição e nos posicione não apenas como o grande garante da prática desportiva no concelho, mas também como uma potência formadora do País. Temos como ambição reforçar o nível competitivo das nossas modalidades e equipas de topo, mas sobretudo proporcionar às centenas e centenas de praticantes, de todas as faixas etárias e condições sociais, um Vitória que se afirme cada vez mais como a casa desportiva de Guimarães e dos vimaranenses. Um Vitória plural, que cresça também no futebol feminino, um projeto que tem feito um caminho ascendente e que também já está a afirmar-se como um projeto formativo, que oferece às jovens jogadoras do nosso concelho e da nossa região a possibilidade de crescimento e de competição ao serviço de um clube que quer ser de topo também no feminino, como já o é em tantas modalidades”.

A candidatura ‘Um Vitória de Todos’ “é também um Vitória de causas. Um Vitória cada vez mais solidário, que intervenha cada vez mais na comunidade e que faça a diferença na vida das pessoas. Queremos, igualmente, ser um Vitória moderno e tecnológico, cada vez mais perto dos seus sócios e adeptos, mas também de todos os públicos. Um Vitória internacional, que se vive e se sente em todas as plataformas”.

Com um programa eleitoral “direcionado para os sócios”, Miguel Pinto Lisboa tem como “meta para concretizar no pós-pandemia, a de sermos mais de 40 mil associados. É um objetivo que se faz reforçando a presença do Vitória em Guimarães, tendo o clube espalhado pelo concelho através das várias lojas Ponto V que vamos ter em múltiplas freguesias. É um objetivo que se consegue com melhor experiência de dia de jogo, quer renovando a oferta e os serviços no interior do estádio, quer concretizando a fan zone que propomos para o pré e pós-jogo”.

A candidatura de Miguel Pinto Lisboa “acredita no Vitória e na força do Vitória”, assume-se como uma “candidatura que acredita na comunhão entre os sócios do Vitória e todos aqueles que servem o Clube no dia-a-dia. Uma candidatura que sabe que a comunhão entre todo o universo Vitória vai concretizar, com a nossa energia, a nossa experiência e o nosso know-how, o Vitória que todos

ambicionamos”.


Marcações: Vitória Sport Clube, eleições Vitória, Miguel Pinto Lisboa

Imprimir Email