Vitória de Guimarães e Nacional empatam 1-1

O Vitória e o Nacional da Madeira empataram hoje 1-1, em partida da 23ª jornada da Superliga, disputada no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães. O desafio começou precisamente com uma das melhores oportunidades, desperdiçada por Adriano (2 minutos) que, na pequena área, cabeceou a escassos centímetros do poste esquerdo, quando estava livre para marcar.
A resposta vitoriana foi quase imediata: um defesa aliviou para longe, Targino (7) ganhou em corrida a um opositor e, à entrada da área, tentou o "chapéu" a Hilário, mas o guarda-redes estirou-se e segurou no ar.

O controle da posse de bola era repartido, mas até ao intervalo só o Nacional esteve perto de marcar, o que aconteceu por três vezes.
Primeiro, em contra-ataque, Wendell (31) cruzou para o cabeceamento de Adriano (estava entre os dois centrais) que levou a bola a bater na trave, depois no solo e acabou nas mãos de Palatsi, bafejado pela sorte.
Dois minutos depois, em canto estudado, Bruno colocou o esférico na entrada da área para o remate de primeira de Wendell que Palatsi não segurou, com a recarga a ser desperdiçada para as nuvens.
A cinco minutos do intervalo Adriano falhou um desvio na pequena área, com a defesa vitoriana novamente desconcentrada – os adeptos locais não gostaram e assobiaram a equipa no regresso às cabines.

O descanso fez bem ao Vitória: o treinador Manuel Machado ajustou o posicionamento de alguns jogadores em termos ofensivos e a iniciativa do encontro foi garantida com uma atitude mais dinâmica.
Marco Ferreira (50), na zona do ponta-de-lança, cabeceou em voo para desvio difícil de Hilário para canto, lance que anunciou o golo vimaranense.
No minuto seguinte, César Peixoto, na esquerda, roubou a bola a Emerson e cruzou para a área, onde surgiu do lado contrário o brasileiro Luís Mário, que "encheu" o pé e "fuzilou" as redes de Hilário, sem hipótese de defesa.
O golo deu confiança em demasia aos locais, que cometeram o pecado de tentar controlar baixando o ritmo, enquanto os determinados madeirenses actuavam agora em contra-ataque.
Foi precisamente no contra-golpe que o empate esteve à vista, mas Adriano (60) não aproveitou o brinde defensivo, tentando fintar Palatsi quando só tinha o guarda-redes entre si e a baliza.

O Nacional foi crescendo de rendimento e empatou pouco depois, num dos mais belos lances do desafio, quase todo desenhado ao primeiro toque e concluído pela cabeça de Adriano (65) ao segundo poste, liberto de marcação.
O tento retirou tranquilidade ao Vitória e Palatsi ia comprometendo com uma má reposição de bola, mas o "chapéu" de Wendell (67) ainda foi desviado pelo guarda-redes, após corrida vertiginosa de regresso à baliza.
O segundo cartão amarelo e consequente expulsão de César Peixoto (82), por simular uma grande penalidade – antes, Adriano tinha feito o mesmo e João Ferreira optou apenas por repreendê-lo – condicionou ainda mais o fraco desempenho ofensivo vitoriano, enquanto o Nacional também nada fez para aproveitar a superioridade numérica até final.

Ficha de jogo:

Vitória: Palatsi, Alex, Paulo Turra, Cléber, Rogério Matias, Moreno (Bessa, 83), Flávio Meireles, Marco Ferreira (Alexandre, 72), Luís Mário, César Peixoto e Tiago Tarjino (Romeu, 70).

Nacional: Hilário, Emerson, Cardoso, Ávalos, Alonso, Bruno (Alexandre Goulart, 84), Gouveia, Miguel Fidalgo, Marchant (Marcelo, 64), Wendell e Adriano.

Árbitro: João Ferreira (Setúbal).

Acção disciplinar: cartão amarelo para Patacas (63), César Peixoto (73 e 82), Romeu (82) e Luís Mário (82). Cartão vermelho por acumulação de amarelos para César Peixoto (82).

Marcações: Desporto

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