Cardoso fez balanço de um ano de mandato: "Manter a maioria dos atletas" e concretizar "obras indispensáveis"



O presidente do Vitória, António Miguel Cardoso, afirmou querer "manter a maioria dos atletas" e concretizar "obras indispensáveis" na Academia e no estádio de futebol, após vendidos 46% da SAD ao fundo V Sports.

Em declarações ao site do clube, o dirigente, eleito para o cargo há precisamente um ano, numas eleições em que recolheu 4.148 dos 6.637 votos contabilizados (62,5%), impondo-se às listas do ex-presidente Miguel Pinto Lisboa (18,7%) e de Alex Costa (17,5%), vinca que “o clube começa a levantar-se para voltar a ocupar uma posição de relevo”. “Graças à entrada do novo parceiro do Vitória SC, que mereceu ampla aprovação da parte dos associados, poderemos manter a maioria dos nossos atletas e fazer face a obras indispensáveis na nossa academia e no Estádio D. Afonso Henriques. Aos poucos, o clube começa a levantar-se para voltar a ocupar uma posição de relevo no futebol português, e até na Europa, e não ficaremos por aqui”, perspetivou.

António Miguel Cardoso salienta também que encontrou o clube com uma “série de dívidas para pagar”, como algumas das tranches da compra de 56,4% do capital da SAD por 6,5 milhões de euros a Mário Ferreira, empresário português radicado na África do Sul que foi acionista maioritário da sociedade desde a sua constituição, em 2013, até 2020, ano em que o clube oficializou a compra dessas ações.

O presidente vitoriano lembra ainda ter assumido o cargo “sem grandes fontes de rendimento”, nomeadamente os 20 milhões de euros de receitas televisivas antecipados, na sequência de um empréstimo nesse mesmo valor, obtido, em março de 2021, junto do fundo norte-americano Apollo, com uma taxa de juro de 5,25%, ainda em vigor.

Perante essa situação que descreve como “muito difícil”, a Direção que lidera decidiu “negociar passes de alguns jogadores” no mais recente mercado de transferências de verão, contabilizando 19,6 milhões de euros em vendas nesse período, e “aliviar ao mesmo tempo a folha salarial das equipas profissionais”, tendo uma delas, a de sub-23, deixado de existir.

Agradado com o quinto lugar da equipa treinada por Moreno, “uma das equipas mais jovens” da I Liga portuguesa, o dirigente realçou que, um ano depois da sua eleição, o Vitória está “muito mais estruturado, com os departamentos articulados, a servirem melhor o clube”.


Marcações: Vitória Sport Clube, António Miguel Cardoso

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