Ricardo Mangas: "Tenho o sonho de conquistar títulos pelo Vitória"



Ricardo Mangas confessou que foi “difícil” iniciar a etapa no Vitória com uma longa paragem, de três meses.

Em declarações aos meios do clube, o lateral-esquerdo lembrou “três meses longos”. “Foram tempos complicados e também contei, naturalmente, com o apoio da minha família e da pessoa que vive comigo. Foi difícil digerir essa paragem. Estava muito entusiasmado. Tinha assinado por um dos maiores clubes do país e só pensava em ajudar, dando o máximo. E isso não foi possível ao longo desses três meses, mas já passou. Nesta altura sinto-me bem e, naturalmente, estou novamente preparado para dar aquele contributo que sempre desejei dar”, contou, dias depois de ter cumprido o primeiro jogo com a camisola do Vitória no Estádio D. Afonso Henriques. “Nervosismo? Não sou esse tipo de pessoa. Estava supertranquilo. Senti-me muito bem nessa estreia. Foi muito bom esse momento, naquele grande estádio e perante aqueles grandes adeptos do Vitória. E ainda por cima fiquei associado a uma grande vitória”, atirou, antes de explicar porque entra em campo com um terço na mão: “É um ritual meu. Até costuma ser antes do início de cada jogo. Quando a equipa se perfila em campo, tenho sempre esse terço comigo. Veio do Vaticano. Foi a minha princesa que me ofereceu e levo-o comigo para todos os jogos. Gosto de me agarrar a esse tipo de coisas. Sou um homem de fé. Sinto que isso me ajuda e me prepara para cada partida”.

Natural do Algarve, Ricardo Mangas já vive em Guimarães há cinco anos, apesar de só esta temporada ter chegado ao Vitória. Uma ligação que vem do tempo em que representou o Desportivo das Aves. “Quando me transferi para o Aves, há cinco anos, os meus pais resolveram acompanhar-me. Era a minha primeira experiência como futebolista profissional e, logo nessa altura, optámos por ficar numa casa em Guimarães. E não voltámos a mudar de residência. Ficámos logo apaixonados pela cidade e pelo seu ambiente. Impressionou-nos aquela devoção pelo Vitória e que se sente em todas as ruas da cidade. A minha irmã depressa se tornou vitoriana, muito antes de eu ter assinado pelo clube, e a verdade é que não falha um único jogo no Estádio D. Afonso Henriques. Fazendo uma retrospetiva, até parece que o meu destino já estava traçado”.

Mangas revelou que quando surgiu o convite do Vitória “dei logo o meu ‘ok’”, mas escondeu as negociações da família. “Nem sei se a minha irmã sabia desse interesse até se tornar oficial a transferência. Escondi isso ao máximo. Nem sei o que disseram os meus pais, mas tenho a certeza de que todos ficaram muito contentes”.

O ciclo da equipa comandada por Álvaro Pacheco, com quatro triunfos consecutivos, confere “acima de tudo, confiança para a visita ao Moreirense. Temos que continuar a ganhar, esse é o nosso foco. Queremos ganhar todos os jogos. Trabalhamos todos os dias para isso. O grupo está muito forte e unido. Há um espírito de entreajuda permanente. Tenho a clara noção de que encaixei num grande grupo, o melhor de todos desde que sou profissional, de longe. Senti isso desde o primeiro dia em que me juntei à equipa, ainda durante o estágio no Algarve. Estou, por isso, grato aos meus colegas: tornaram tudo mais fácil”.

As metas para a época já em curso passam por “pensar jogo a jogo. Eu tenho o sonho de conquistar títulos pelo Vitória. Vou fazer tudo por isso, eu e os meus colegas. Somos todos apaixonados pelo jogo e temos uma grande vontade de ganhar. Queremos fomentar ainda mais essa cultura do clube”. “Os nossos adeptos são o 12.ª jogador da equipa. Empurram-na para a frente. O Vitória SC tem essa grande força. Contamos com eles na visita de domingo ao Moreirense. Tendo-os do nosso lado, estamos sempre mais próximos de alcançar o sucesso”, acrescentou.


Marcações: Vitória Sport Clube, Ricardo Mangas

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