Coelima comprada pela Mabera com 89,01% dos votos dos credores

A Coelima foi comprada pela empresa Mabera de Famalicão por 3,6 milhões de euros. Uma decisão tomada por mais de 80% dos credores reunidos esta sexta-feira em assembleia no Tribunal de Guimarães.
No final da assembleia, o representante da Mabera, o advogado Moreira da Costa, afirmou que o objectivo da compra é recuperar o prestígio industrial e comercial da Coelima "com muito trabalho", sublinhando que " não acreditássemos no futuro da empresa não tínhamos apresentado uma proposta tão vantajosa para todos os credores".
"É uma empresa que tem nome e não se pode deixar morrer", vincou.

Consumada a venda, Moreira da Costa assegurou que tal como constava da proposta, serão disponibilizados no início da próxima semana 200 mil euros para pagamento de salários. O representante da Mabera deixou ainda uma mensagem aos trabalhadores da Coelima.
"O meu apelo aos trabalhadores é para tenham confiança na nova gestão e que colaborem com os novos gestores para que a Coelima seja uma empresa em que as pessoas gostem novamente de trabalhar", referiu.

O Administrador Judicial disse acreditar que a Coelima tem condições para se manter no mercado, sublinhando que a manutenção dos postos de trabalho era um dos pressupostos da venda hoje consumada sendo que "é isso que consta da proposta e é o que foi aprovado pelo credores mas o futuro dirá", sendo que "tudo indica que serão mantidos integralmente os postos de trabalho. Quando a massa insolvente vender vai transmitir os postos de trabalho".
Questionado se a Coelima tem condições para se manter no mercado, Pedro Pidwell ter feito "tudo para que a empresa subsista e se mantenha no mercado, vamos ver".

Na votação, os trabalhadores abstiveram-se, de acordo com decisão tomada em plenário. O secretário coordenador do Sindicato Têxtil do Minho garantiu que a Mabera pode contar com o empenho de todos trabalhadores para a necessária recuperação da Coelima. Francisco Vieira espera que a Mabera "devolva a estabilidade emocional aos trabalhadores e que resolva os problemas que afectam a empresa", lembrando que há trabalhadores da Coelima em funções na António Almeida & Filhos, em Moreira de Cónegos e que "estão preocupados quanto ao seu futuro" até porque "a Mabera e o senhor Armando Antunes (Lasa) têm uma proposta para comprar a empresa António Almeida & Filhos".

O sindicalista que também é trabalhador da Coelima não escondeu a sua satisfação com a decisão tomada pelos credores na certeza de que o encerramento da empresa foi um cenário real em final de Maio quando afiançou na altura o Administrador de Insolvência.

 

Notícia actualizada às 15h50

 

Imprimir Email