VÍDEO: António Costa inaugurou nova unidade de acabamentos têxteis da JF Almeida

"A abertura desta nova unidade de acabamentos da JF Almeida é um momento inspirador, um sinal de confiança importante para um sector industrial que é dos mais relevantes na economia portuguesa", afirmou o Primeiro-Ministro esta sexta-feira, ao inaugurar a nova unidade da empresa JF Almeida, na freguesia de Conde.

"O sector têxtil representa 22 por cento das empresa da indústria transformadora, 23 por cento do emprego na indústria transformadora e teve no ano passado cerca de 7 mil milhões de euros de volume de negócios", acrescentou António Costa, ao destacar a capacidade de competitividade de "uma indústria fortemente exportadora" que assenta num grande investimento em inovação e na capacidade de adaptação em contextos que são desafiantes".

O governante salientou a importância para a economia nacional de uma indústria têxtil resiliente que tem sabido encontrar soluções para ultrapassar as adversidades colocadas pela pandemia, pela guerra, pela subida dos preços das matérias-primas e da energia. "Estes fenómenos implicaram inflação que levou uma resposta muito dura do Banco Central Europeu com a subida das taxas de juro, criando um contexto muito agreste. A nova guerra que rebentou com os atentatdos terroristas do Hamas em Israel só vem agravar este contexto global", apontou, indicando: "temos de reagir com a cabeça fria, mas com confiança nas capacidades que temos para enfrentar as condições adversas"

Por isso, António Costa agradeceu e elogiou o trabalho do empresário vimaranense Joaquim Almeida, dos seus filhos e dos seus colaboradores, ao enaltecer "o investimento na modernização, da sustentabilidade da produção da energia, da circularidade das matérias-primas e na capacidade de inovar". "Essa capacidade faz com que o que sai deste chão de fábrica nada tem a ver com o que saía há 20 ou há 30 anos", referiu, ao frisar que a empresa participa em duas Agendas Mobilizadoras do PRR do sector têxtil e representa bem a transformação que está a ocorrer no setor têxtil nacional.

Na cerimónia, o Presidente da Câmara aproveitou a presença do Primeiro-Ministro para dar conta que "o têxtil é um sector de base tecnológica", destacando o exemplo da JF Almeida.

"Os investimentos que estão a ser feitos assentam na transição digital. Ou lideramos ou vamos a reboque e ficamos para trás. E na base da transição digital está a inteligência artificial, a automação, a robótica, os novos materiais e a transição energética", disse Domingos Bragança, defendendo que a defesa do ambiente está associada à sustentabilidade e à competitividade das empresas.

O empresário Joaquim de Almeida Freitas realçou o compromisso e responsabilidade social da empresa que tem mais de 800 colaboradores, assinalando que é uma prioridade a defesa de valores fortes na procura de soluções constantes para os clientes. "Na JF Almeida, orgulhamo-nos do passado, são décadas de dedicação, evolução e resiliência, um caminho orientado por visão clara e sentido de missão", expressou, mostrando-se orgulhoso das "prioridades quanto à qualidade e sustentabilidade". "estamos focados na criação de valor para a empresa, para a comunidade e para o País. Estamos no caminho certo. Compramos rama de algodão a 2 euros e transformamos em produto acabado que vendemos a 10 euros. Só se alcançam estes objectivos com criatividade e investimento", assinalou, continuando: "investimos em equipamento mais sustentável, em energias renováveis e nas pessoas. A unidade de acabamentos têxteis que inauguramos é exemplo disso, com um investimento de 15 milhões de euros e a criação de 45 novos postos de trabalho".

Ao chegar às instalações da empresa, em Conde, o Primeiro Ministro foi recebido com protestos de profissionais da educação. Uma manifestação em que os participantes exibiram cartazes pedindo a demissão de António Costa, com recurso à polémica imagem de um porco. Não se registaram incidentes na concentração que foi acompanhada de perto pela GNR.

Marcações: Primeiro Ministro, JF Almeida

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