Julgamento de mega - processo de empresas falidas

O julgamento do mega - processo relativo a uma alegada fraude na venda de património de empresas falidas é retomado esta quarta-feira no Porto. No passado dia 22, a maior parte dos 35 arguidos requereu a nulidade das provas obtidas através de escutas telefónicas e registo videográfico. Para se pronunciar sobre este requerimento, o Ministério Público (MP) pediu um prazo até à próxima sessão, esta quarta-feira, o que foi deferido pelo tribunal. Neste processo, o Estado acusa os 35 arguidos de envolvimento em crimes de corrupção, peculato, participação económica em negócio, associação criminosa e branqueamento de capitais. Em causa está a obtenção de proventos indevidos em 90 processos de alienação de massa falida de empresas, algumas de Guimarães, entre 1997 e 2001, numa estratagema envolvendo 16 liquidatários judiciais, mas também leiloeiros. Funcionários judiciais de Gaia e Santo Tirso, bem como da Segurança Social, foram igualmente constituídos arguidos no âmbito deste processo. Segundo o MP, os funcionários judiciais conseguiam que os processos passassem para liquidatários judiciais da sua confiança que, por sua vez, trabalhavam com leiloeiros amigos.

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