Acta para venda de terreno do Vitória não terá sido aprovada

A acta da assembleia-geral do Vitória que serviu para realizar a escritura de venda do terreno à empresa AGR, de Fafe, não terá sido aprovada pelos sócios do clube. Na audiência desta sexta-feira do julgamento de Pimenta Machado e Vale e Azevedo, Pedro Xavier admitiu que a referida acta não foi submetida à discussão e votação dos sócios depois de ter sido reescrita na sequência do famoso borrão de tinta.
No seu depoimento, Pedro Xavier salientou que sempre que o clube sentia alguma dificuldade financeira, era Pimenta Machado quem resolvia o problema. No entanto, o actual presidente da Assembleia-geral haveria de referir, mais tarde, que houve necessidade do Vitória contrair um empréstimo bancário para assegurar o pagamento de salários a Fernando Meira sob risco do jogador poder rescindir contrato com justa causa. A testemunha falou de salários e prémios de jogadores em atraso.
Sobre Preto, Evando e Ruben, Pedro Xavier disse ao colectivo que os jogadores eram do Vitória, tendo sido Pimenta Machado quem adiantou dinheiro para a sua contratação. No entanto, foi confrontado com a minuta da acta da direcção sobre o assunto onde se referia que Pimenta Machado informara ter comprado os jogadores, reservando-se no direito de decidir o seu futuro e que o clube não gastara nada no aluguer dos seus passes. Pedro Xavier não soube explicar a contradição. Entretanto, a testemunha disse ter em sua posse cópias de actas da direcção, o que motivou um requerimento do tribunal para que as entregasse para juntar aos autos do processo já que oficialmente, o livro de actas da Direcção desapareceu.
O julgamento prossegue no dia 5 de Julho.

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