Depoimento de Pimenta em Tribunal não foi gravado

Um problema técnico impediu que o depoimento de Pimenta Machado feito na sessão da manhã fosse gravado. Depois de repetir as suas declarações, o antigo presidente do Vitória respondeu a questões do representante do Ministério Público. Pimenta Machado confirmou ter negado a existência da off shore Victory Management Limited, alegando ser assunto pessoal. Sobre o empréstimo bancário alegadamente contraído na Suiça para suportar a compra dos jogadores Evando, Ruben e Preto, Pimenta Machado confirmou que a confidencialidade da operação acarretou custos para o Vitória. O arguido assumiu a responsabilidade pelo não pagamento dos 15 por cento sobre os 90 mil contos pagos à Sportmédia que deveriam ter sido retidos. Aquele valor, reclamado pelas Finanças viria a ser pago depois de Pimenta Machado ter sido preso pela Polícia Judiciária.
Sobre os financiamentos que diz ter feito ao Vitória, Pimenta Machado garantiu ao Colectivo que nunca cobrou juros nem nunca fixou condições para os empréstimos.
O julgamento prossegue quarta-feira. Pimenta Machado vai então responder às questões que lhe vão ser colocadas pelo representante do Vitória.

Pimenta nega acusações

Ainda que tenha confirmado alguns factos constantes dos autos, Pimenta Machado negou as acusações.
Sobre o negócios dos Pedros para o Sporting, Pimenta Machado entrou em contradição com a testemunha Paulo Antero. O antigo presidente do Vitória garantiu que os contratos deram entrada na contabilidade do clube. E sobre dois cheques do clube de Alvalade endossados a uma conta titulada pela sua mulher, Pimenta Machado confirmou justificando que era para se ressarcir de valores adiantados ao Vitória.
Estranhando o desaparecimento da contabilidade do Vitória respeitante aos anos de 1995 e 1996, Pimenta Machado confirmou ter recebido 90 mil contos endossados à Sptormédia no âmbito da transferência de Fernando Meira para o Benfica já que era dono daquela of-shore. O antigo Presidente justificou aquele valor com a necessidade de satisfazer compromissos com um banco suiço a quem recorreu na contracção de um empréstimo para comprar Evando, Ruben e Preto. Deste modo, negou que os três jogadores fossem seus ao contrário do que sugere a minuta de uma reunião da sua Direcção constante nos autos. Questionado sobre a falsificação de uma acta da assembleia geral, Pimenta Machado negou qualquer conhecimento.
O Juiz Presidente do Colectivo quis saber quais eram os rendimentos do arguido para poder financiar o Vitória. Pimenta Machado afirmou que se dedica a negócios diversos nomeadamente dos mercados financeiros e imobiliário, para além de ter sido responsável pela introdução do bingo em Portugal.

Marcações: Judicial

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