Liquidatário afirmou ao Colectivo que a Sisalex indiciava falência em 1994

O Liquidatário Judicial da Sisalex afirmou ao Colectivo das Varas Mistas que em 1994 a empresa indiciava dificuldades suficientes para acreditar que iria falir. No entanto, emitiu um parecer a pedido do gestor Judicial que apontava para a viabilidade dadas as garantias optimistas que lhe foram apresentadas pelos responsáveis da empresa. Segundo Adelino Paiva António, em finais de 1995, o cenário de grandes dificuldades mantinha-se, sendo esse o motivo que levou o Gestor Judicial a não aceitar o prolongamento da gestão controlada proposto pela Sisalex.
Curiosamente, isso não impediu que a Sisalex tivesse pagou 40 mil contos a credores no ano de 1996 e parte do 1997.
Adelino Paiva António disse ao Colectivo acreditar que o arguido José Silva estivesse interessado na recuperação da Sisalex, mas admitiu que as suas intenções não foram bem sucedidas pelo baixo valor acrescentado que introduziu com o aumento da produtividade e o corte nas despesas.
A falência acabou por acontecer em 1997, por requerimento do BNU, numa altura em que o património da Sisalex se reduzia ao imóvel da empresa, oito teares o e mobiliário. Tudo comprado pela empresa Orcama do arguido José Silva que apresentou em todas as vendas a proposta mais alta.
O julgamento prossegue no dia 25.

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