Sofia Ferreira depôs no âmbito do julgamento do caso Casfig

Prosseguiu esta quinta-feira o julgamento do caso Casfig. O Tribunal ouviu o depoimento de Sofia Ferreira, ex-vogal do Conselho de Administração daquela empresa Municipal de habitação. Sofia Ferreira afirmou que teve conhecimento da atribuição da casa em Azurém a Helena Sousa através de uma informação que lhe foi prestada pela arguida Ermelinda Oliveira e entendeu-a como um facto consumado.

Segundo Sofia Ferreira, Ermelinda Oliveira sustentou a decisão de atribuir a casa a Helena Sousa no parecer do arguido Bernardino Silva e no carácter urgente dada a situação da beneficiária que se encontrava em processo litigioso de divórcio. Sofia Ferreira afirmou ter consciência de que ao decidir daquela forma, Ermelinda Oliveira estava a contrariar uma decisão prévia do Conselho de Administração de respeitar a atribuição de casas na base da lista do concurso anteriormente feita pela Acção Social da Câmara. Quanto à casa atribuída a Helena Almeida, a antiga radiologista do Hospital, Sofia Ferreira disse desconhecer o processo já que se tratava de uma casa que não estava confiada à Casfia, por não ser habitação social. Questionada pela Procuradora Adjunta, a testemunha não conseguiu explicar o motivo pelo qual a decisão de Ermelinda Oliveira, de atribuir a referida casa, ter sido escrita em papel timbrado da Casfig. Talvez porque a renda revertia para a Casfig, como admitiu a testemunha.

Na sessão, o Tribunal ouviu mais duas técnicas da Casfig como testemunhas de acusação. Cristina Dias confirmou ter reavaliado o processo de candidatura do Munícipe preterido na atribuição da casa a Helena Sousa. A testemunha afirmou que a situação do agregado mantinha-se e, desse modo, o Conselho de Administração da Casfig havia decidido entregar-lhe a casa que viria a ser ocupada por Helena Sousa na base da tal decisão de Ermelinda Oliveira.

O julgamento prossegue no dia 2 de Março.

Marcações: Judicial

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