Exposição «Terra estreita» no CIAJG motivou polémica na Assembleia Municipal

A exposição «Terra estreita» cuja inauguração está anunciada para este sábado no Centro Internacional das Artes José de Guimarães motivou polémica na sessão da Assembleia Municipal de Guimarães de ontem.

O membro do PSD Tiago Laranjeiro registou o apoio do Município a uma exposição antisemita e pretendeu saber quando se realizaria uma exposição que permita que Israel exponha a sua posição sobre o tema.
O socialista Pedro Mendes considerou a intervenção "obscena" e condenou uma intervenção que pretensamente defendeu que se "calem os artistas". Já Rosa Guimarães da CDU considerou que o representante do PSD "contestou o racismo e deu vivas à censura".
O Vereador da Cultura, Paulo Lopes Silva, recusou a ideia de uma programação determinada pela "política do gosto" e remeteu para o descritivo da exposição: «Terra Estreita» é uma exposição que apresenta a vitalidade irredutível da arte do Médio Oriente.Um olhar sobre o respeito da pertença e do direito ao território, e também sobre questões como a identidade e a liberdade, atravessa diferentes projetos e trabalhos de artistas contemporâneos.

A sessão ficou ainda marcada por outra polémica entre os representantes do Bloco de Esquerda e do Chega. A bloquista Paula Magalhães questionou a Câmara sobre a alegada proibição da Polícia Municipal para a realização de culto por parte de migrantes mulçumanos. A intervenção motivou a reacção do Chega em termos que Paula Magalhães considerou que apelavam ao ódio. André Almeida reagiu dando conta à Mesa da Assembleia que pretendia ter acesso ao registo da intervenção da bloquista Paula Magalhães.

A reunião prossegue segunda-feira, pelas 21h00, no auditório da Universidade do Minho.


Marcações: Assembleia Municipal, Terra estreita

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