Câmara de Guimarães vai alienar 18 parcelas de terreno em hasta pública

A Câmara de Guimarães vai vender 18 parcelas de terreno, propriedade do Município, em hasta pública. A proposta foi aprovada por unanimidade na última reunião do executivo municipal. Em causa está um conjunto de parcelas, existentes em várias freguesias do Concelho, onde não se prevê a construção de qualquer tipo de equipamentos de utilidade municipal. A Autarquia justificou a alienação deste património com o facto das propriedades “não estarem afectas a qualquer fim ou actividade operacional camarária”, não se prevendo no futuro a construção de qualquer tipo de equipamento nos locais em se situam os imóveis. Esta venda com a necessidade de “alocar recursos financeiros a projectos de interesse municipal, nomeadamente equipamento e infra-estruturas para uso público”. Do conjunto, cujo total do valor base de licitação corresponde a 606 mil 330 euros, merece destaque a alienação de seis lotes existentes no Parque Industrial de S. João de Ponte.
Durante a discussão da proposta, o vereador do PSD, José Manuel Antunes, mostrou reservas quanto ao momento económico escolhido para a alienação do património. “Imaginemos que a Autarquia tem a perspectiva de angariar um milhão de euros. Nunca a Câmara vai conseguir encaixar o dinheiro esperado, vender numa época baixa é má opção”, lamentou o representante do PSD, questionando: “para que é que a Câmara precisa de um milhão de euros, em termos de receita extraordinária?”
Pronto na resposta, o Presidente da Câmara indicou: “precisa desse dinheiro para muitas coisas”, fazendo até alusão aos reparos feitos durante a reunião por José Manuel Antunes, relacionados com a falta de pavimentação na estrada de Abação.
Na troca de impressões, José Manuel Antunes insistiu que “aquilo que o Município vai perder com a alienação destes bens será maior do que aquilo que vai ganhar”. “Uma hasta pública de alienação de bens, em tempo de crise, não vai representar ganhos como em qualquer outro momento”, acrescentou.
O Vereador responsável pelo Departamento Financeiro interveio na discussão, referindo que “cerca de 50 por cento são lotes industriais”, existindo por parte de potenciais compradores “alguma pressão” para a alienação deste património que está sem utilidade.

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