Cerca de 400 lojas fechadas no perímetro urbano da Cidade

É um número, no mínimo, preocupante e, seguramente, desconhecido de quase toda a gente, mas a verdade é que existem entre 350 a 400 lojas de rés-do-chão devolutas e que em tempos foram estabelecimentos comerciais. A ACIG fala na deslocalização do comércio do perímetro urbano da Cidade graças aos condicionamentos cada vez maiores de acesso ao centro. A isto acresce a crise financeira que está em crescendo, para mal dos comerciantes e clientes. A notícia faz manchete no Jornal 'O Comércio de Guimarães'.

Pese embora a crise que cresce em todas as frentes e as obras que decorrem na Cidade, a verdade é que não está a aumentar o número de estabelecimentos comerciais que encerram no perímetro urbano. Não houve um acréscimo exponencial, “nem sequer proporcional, ao que tínhamos nos últimos anos”. A avaliar por um inventário que a Associação Comercial e Industrial de Guimarães efectuou no final de 2010, existem entre 350 a 400 lojas de rés-do-chão devolutas em todo o Centro Histórico de Guimarães e ruas adjacentes, como sejam Rua de St. António, Rua de Camões, Toural, Alameda de S. Dâmaso, entre outras. “Este número não tem vindo a subir. Aliás, ainda na última semana fizemos uma nova contagem para podermos avaliar o impacto que as obras têm tido em possíveis fechos de estabelecimentos comerciais, mas não notamos esse efeito”, revela Carlos Teixeira. O Presidente da ACIG acrescenta que desde Janeiro último até este mês de Maio, “verificamos o encerramento de somente duas lojas, uma na Rua de Stº. António e outra na Rua da Rainha, mas em ambos os casos contactamos com os respectivos empresários que não imputaram o fecho ao decurso das obras. Foram encerramentos que aconteceriam com ou sem obras na Cidade”, garantiu.
Ainda assim, falar-se em cerca de 400 lojas fechadas é preocupante. Carlos Teixeira considera o número “astronómico” e para o qual assegura que a ACIG tem vindo a alertar as devidas entidades, entre as quais a Câmara Municipal, “de um modo especial o Sr. Presidente”, e o Ministério da Economia “para quem temos enviado alguns pedidos de apoio”. Aliás, este é um problema que se estende para além das lojas de rés-do-chão. “Falamos em lojas de rés-do-chão porque eram aquelas que estariam afectas à actividade comercial, mas há também dependências de primeiro andar que têm vindo a fechar”, como acontece com serviços de contabilidade, consultórios médicos, empresas de consultadoria, escritórios de advogados, “enfim, uma diversidade de serviços que tornam notória a deslocalização que tem vindo a acontecer também no que diz respeito a dependências de primeiro andar dos prédios do Centro Histórico”.

Marcações: Sociedade

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