Dextra: testemunha explica contornos de compra de crédito ao BNU

No julgamento da alegada falência dolosa da Dextra, o Tribunal ouviu um antigo membro do conselho fiscal da empresa falar sobre os contornos de um acordo com o BNU para compra do crédito daquela instituição. O crédito superava um milhão de contos e foi comprado por 100 mil sob
condição do BNU assumir a postura de voto em assembleia de credores que testemunha ou alguém por ela indicasse. A testemunha refugiou-se na falta de memória sobre os promenores desta questão, mas não conseguiu explicar a combinação prévia do voto do BNU sendo certo que a proposta votada pela assembleia foi apresentada no próprio dia da reunião.
Através de requerimento, a defesa juntou aos autos a certidão daquele
processo especial de recuperação bem como uma outra sobre um processo crime intentado pelo fundador da Dextra contra os arguidos Jorge Reis e Maria Júlia. As certidões pretendem provar a quem se deve a situação de dificuldade económica que conduziu a Dextra para a falência e a falta de fundamento relativamente à acusação sobre obras feitas num apartamento de um aldeamento turístico de Tavira cuja responsabilidade é imputada aos arguidos.
Na sessão, o perito que acompanhou o Tribunal na visita às instalações da Dextra, identificou as que eram de origem estrangeira.
O julgamento prossegue no dia 27.

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