Cardeal vimaranense resigna ao tribunal da Cúria

O Papa Francisco aceitou ontem a renúncia do cardeal vimaranense D. Manuel Monteiro de Castro, de 75 anos, ao cargo de penitenciário-mor, a presidência de um dos três tribunais da Cúria Romana, que ocupava desde Janeiro de 2012.
O cardeal português explicou, ao jornal Ecclesia, que apresentou a sua renúncia ao Papa Francisco no dia 23 de Março, quando cumpriu os 75 anos, de acordo com as determinações do Direito Canónico, e que  vai continuar em Roma “por mais quatro anos”, dado ter outras funções na Cúria Romana.

D. Manuel Monteiro de Castro é membro da Congregação para os Bispos, da Congregação para as Causas dos Santos e do Conselho Pontifício da Pastoral para os Imigrantes e itinerantes.

“Continuarei em Roma, até à idade de 80 anos, se o Senhor me der saúde, como membro do Colégio Cardinalício com direito a voto”, acrescenta.

O responsável disse também ter falado com o Papa sobre os 18 meses que passou à frente da Penitenciaria Apostólico, referindo que estes foram “apreciados”.

O cardeal confessa, por outro lado, que agora poderá estar mais vezes em Portugal e revela a intenção de “fazer o melhor” pela sua terra natal, Santa Eufémia de Prazins, Guimarães.

 D. Manuel Monteiro de Castro estava na Cúria Romana desde Julho de 2009, quando assumiu o cargo de secretário da Congregação para os Bispos, e foi criado cardeal por Bento XVI em Fevereiro de 2012, tendo participado no Conclave do último mês de Março, no qual foi eleito Francisco.

O terceiro cardeal português foi ordenado padre em 1961 e bispo em 1985; teve uma longa experiência diplomática ao serviço da Santa Sé, que o fez passar pelo Panamá, Guatemala, Vietname, Austrália, México, Bélgica, Trindade e Tobago, África do Sul e Espanha, onde permaneceu entre 2000 e 2009; foi também observador permanente do Vaticano na Organização Mundial do Turismo.

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