Contas sem parecer do Conselho Fiscal dos Bombeiros

As contas da gerência de 2002 dos Bombeiros de Guimarães, que esta noite os sócios da Instituição vão ser chamados a discutir e votar, não têm o parecer do Conselho Fiscal. De acordo com informações confirmadas pelo Guimarães Digital, o Conselho Fiscal considera que o exame efectuado à documentação não permitiu constituir "base aceitável para emissão do parecer".
No documento em que sustenta a sua posição, o Conselho Fiscal reitera críticas ao modo como a Direcção vem conduzindo as destinos da Instituição, tal como já o havia feito em Janeiro deste ano.

Para o Conselho Fiscal, verifica-se que a gestão imprimida pela Direcção durante o ano de 2002, conduziu à "deteriorização da situação económica e financeira" dos Bombeiros de Guimarães.
Em consequência dessa realidade, o Conselho Fiscal salienta o "aumento do endividamento" da Instituição.
Por outro lado, releva, também, o esforço financeiro de tesouraria que a Instituição será chamada a suportar nos próximos quatro anos, no valor de 650 mil euros.
Ainda em termos financeiros, o Conselho Fiscal assinala um resultado negativo da sua gestão, no valor de 118 mil euros.

Lançamentos contabilísiticos sem o competente suporte documental e o desenvolvimento de actividades comerciais que colidem com o estatuto de utilidade pública conferida pelo Governo e que consubstanciam concorrência directa com os sujeitos passivos do IVA, são outras das críticas do Conselho Fiscal ao trabalho da Direcção durante o ano de 2002.

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