Programa «10 anos do CIAJG» começa este sábado sob o mote “O Ritual do Encontro”

O Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG) celebra 10 anos de vida e actividade. Sob o mote “O Ritual do Encontro”, ao longo do ano irá projectar-se em direcção ao futuro enquanto museu aberto, em constante reinvenção. Um museu de relações presentes, passadas e futuras. Conversas, exposições, performances, visitas, oficinas e workshops. Tudo isto faz parte do programa dos "10 ANOS CIAJG" que começa este sábado, às 16h00, com o músico, activista e pensador Mario Lúcio (Cabo Verde) e a autora e professora Manuela Ribeiro Sanches (Portugal) como protagonistas da conversa intitulada "Depois das colonizações?", primeiro passo do ciclo de conversas "Para um novo enredo de vozes". Marta Mestre vai moderar esta conversa (com entrada gratuita, até ao limite da lotação da sala) que será precedida pela apresentação pública do programa artístico do museu, previsto para 2022.

Esta é a primeira conversa do ciclo de debates "Para um novo enredo de vozes" que reflete sobre o museu, a colecção e a cidade, visando pensar o museu na encruzilhada de um mundo dividido, olhar a coleção para além de um ponto de vista eurocentrado, e perspetivar o projeto cultural da cidade. Este ciclo de conversas contará com a participação de pesquisadores, artistas, ativistas, curadores/as e teóricos/as, e irá decorrer ao longo do ano em vários encontros com os já referidos Mario Lúcio e Manuela Ribeiro Sanches, bem como Raphael Fonseca e Gabriela Mureb, respectivamente curador e artista convidada do ciclo de exposições "Voz Multiplicada" (4 maio, 21h30), Yonamine, artista igualmente convidado do ciclo "Voz Multiplicada" (5 maio, 21h30), José de Guimarães e Mariana Pinto dos Santos (8 maio, 16h00), Carlos Bernardo, Nuno Grande e Eduardo Brito (18 maio, 21h30), e outros nomes a anunciar brevemente que aqui se juntarão no dia 24 de junho, data com grande simbolismo para o CIAJG e de forma mais alargada para Guimarães e Portugal.

Em abril, durante uma semana (18 a 22), o CIAJG irá acolher um workshop aberto a toda a comunidade, sob a orientação da artista portuense Luísa Mota. Esta ação de grupo tem em vista a preparação para a participação na performance da artista que terá lugar a 7 de maio, dia da inauguração do ciclo de exposições "Voz Multiplicada".

Este novo ciclo expositivo que estará patente de 7 maio a 18 de setembro, evoca o tempo da escuta e da fala no museu e reunirá um conjunto de artistas que exploram a substância narrativa da voz ou que entendem o museu como um espaço de ressonâncias, singularidades e distorções.
"Voz Multiplicada" irá viver nas 13 salas expositivas do CIAJG com as intervenções artísticas de Pedro Barateiro (A Língua do Monstro), aqui desafiado a expor o seu trabalho juntamente com as coleções de José de Guimarães (Artes africanas, Artes pré-colombianas, Artes antigas chinesas); Yonamine (EU UE / Amnésia & Dislexia), artista angolano que propõe uma exposição-instalação que cruza referências temporalmente distintas como a deusa Europa da mitologia grega, o mercado de cosméticos, os fetiches da beleza eurocêntrica e a coleção africana do CIAJG; e o próprio José de Guimarães (Manifestos), que respondeu afirmativamente ao desafio que lhe foi lançado pelo CIAJG para elaborar o seu 4º manifesto e revisitar o conjunto dos anteriores - "Arte Perturbadora", em 1968, "A Ratoeira", em 1984, e "Esta cultura faz-nos velhos", em 1999 -, numa exposição que ocupará vários espaços do museu.

Marcações: Centro Internacional das Artes José de Guimarães, 10 anos do CIAJG

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