Manifestantes apelaram a «Casas para Viver»

Cerca de duas dezenas de pessoas manifestaram-se esta tarde pelo direito de «Casas para Viver», no Largo do Toural. Apesar das altas temperaturas que se fazem sentir na cidade-berço, a manifestação convocada pela Plataforma Artigo 65.° procurou unir algumas das principais associações de moradores a diversos movimentos cívicos e activistas de Guimarães. 

Luís Lisboa, da organização, falou de uma manifestação para uma "emergência nacional". "A inação do Governo e algumas medidas fazem-nos chegar aqui. Este é um problema de todas as gerações e classes, bem como dizem respeito ao futuro das pessoas. Tentamos através desta iniciativa reunir o máximo de associações e entidades para que, de forma igualitária, poder construir o lugar que precisam. Há pessoas com dificuldades em pagar a sua prestação ou renda e há quem nem sequer tem habitação", afirmou. 

Luís Lisboa sublinhou que o Município de Guimarães e o Estado têm que "interceder" neste problema. "Temos que regular o mercado imobiliário. A nível legislativo é importante que isso seja feito. Já a nível local, lembro que foi promessa em 2017 a criação de 62 fogos e em 2021 a criação de 400. Até ao momento estão feitos zero. Temos que entender que também não é só construir mais, pois temos de ter em consideração o ambiente. Nesse sentido, recordo que temos em Guimarães 30% dos edifícios no centro fechados ou devolutos. Assim, podemos reabilitá-los. Temos ainda seis ou sete centros comerciais a meio gás ou fechados. Portanto, precisamos acima de tudo de apostar no alojamento permanente", atirou. 

Marcações: casas para viver

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