Secretário de Estado da Economia quer empresas mais competitivas com aposta na tecnologia e inovação

O Secretário de Estado da Economia, Paulo Cilínio, defendeu ontem que as empresas têm enfrentar o futuro, apostando na inovação, na sustentabilidade, na transição digital e na colaboração.

O governante falava na conferência de abertura da iniciativa "Economia - Inovação & Fábrica do Futuro", organizado pela Câmara de Guimarães, aproveitando a presença de dezenas de empresários de diferentes sectores para elogiar o exemplo daqueles que ousaram "fazer diferente, conseguindo atingir níveis de desenvolvimento invejáveis" para conseguirem posicionar-se "em novos mercados".

Após ter lançado a questão: como acrescentar valor na economia?, Paulo Cilínio destacou a importância de "aportar tecnologia e inovação nos produtos e nos processos para serem mais eficientes e produzirem com menos recursos, apresentando novas soluções, incorporando na inovação novos serviços, o que torna o cliente mais dependente". "A incorporação de princípios de sustentabilidade também foi apontada onde indicou que as empresas têm de estar preparadas para dar o salto e crescer quando contexto económico for mais favorável", apontou, insistindo que a partilha de conhecimento "permite criar valor e criar novas áreas de negócio". Pedro Cilínio destacou o crescimento do PIB nos últimos anos, em Portugal, o aumento do peso das exportações e o gradual aumento em Investigação & Desenvolvimento.

A colaboração, de que são exemplo as agendas mobilizadoras do Plano de Recuperação e Resiliência, é outra das dimensões essenciais, "destacando que o sector têxtil tem três agendas mobilizadoras para áreas diferentes, existindo ainda uma área de bioeconomia para o sector têxtil". "São quatro mega consórcios com centenas de empresas envolvidas neste desafio", elogiou.

No final, ao ser questionado sobre o momento actual em que algumas empresas ligadas ao sector têxtil estão a enfrentar dificuldades, o Secretário de Estado da Economia referiu que tem mantido uma "grande proximidade com os sectores têxtil e calçado que têm uma representatividade regional", deixando uma mensagem de confiança. "Estamos perante um contexto que ainda está relacionado com o efeito pós-Covid. Os mercados estavam fechados e quando abriram, muitos deles inundaram o mercado de encomendas, criando um excesso de ofertas nos canais de distribuição. Este efeito tem uma compensação a seguir - um efeito conhecido que é o efeito chicote - que se verifica-se no sector têxtil, do vestuário e do calçado", considerou o governante, ao sublinhar que "é preciso ter a expectativa de que no futuro próximo, com perspectivas de desenvolvimento nas próximas colecções, seja feita essa inversão e as empresas terão oportunidades de negócio".

"Sabemos que as empresas mais frágeis poderão sofrer processos de ajustamento. Aí, temos de garantir que o tecido económico como um todo surge reforçado porque temos a caraterística de estarmos perante a incerteza num período onde temos o nível de emprego elevadíssimo, o que significa que existe uma capacidade grande da economia para conseguir absorver eventuais ajustamentos que ocorram. O que queremos é que todas as empresas consigam ultrapassar estes desafios e mesmo as que não consigam temos de apoiá-las para fazer essa transição e podermos passar este período com maior brevidade", salientou.

Marcações: Secretário de Estado da Economia, Plano de Recuperação e Resiliência, Economia - Inovação & Fábrica do Futuro

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