Mário Ferreira: "Não vai ser discutido o futuro da SAD"



O acionista maioritário da SAD do Vitória não se quer imiscuir na discussão em torno das propostas que a Direcção de Júlio Mendes vai levar à Assembleia Geral de amanhã. As propostas principais dizem precisamente respeito a alterações nos Estatutos da SAD. Contudo, Mário Ferreira entende que por não estar em discussão o futuro da SAD, uma vez que se manterá como acionista maioritário, não deve aprofundar a sua posição sobre o tema.

Qual é a sua posição sobre os assuntos que vão ser discutidos sobre o futuro da SAD na Assembleia Geral do clube?
Não vai ser discutido o futuro da SAD. Vai ser realizada uma Assembleia Geral Extraordinária do clube e pelo que li o actual Presidente, representante legal das acções do clube, pretende obter o consentimento dos sócios para propor e decidir determinadas matérias relacionadas com a SAD. Isso não tem nada a ver com a SAD actualmente.

Vai estar presente na Assembleia Geral? Foi contactado pela Administração ou Direcção do clube para marcar presença ou ser informado sobre o assunto?
Não vou estar presente. Moro a mais de 10 mil quilómetros de Guimarães e programo as minhas viagens a Portugal de acordo com o calendário dos jogos do Vitória. Foi o que fiz no primeiro jogo do campeonato, na Luz, onde conheci o mister Luís Castro e desejei-lhe as maiores felicidades para a equipa. Se fui informado esta Assembleia Geral ou desta proposta? Não, nem o presidente nem qualquer dos presidentes me informaram que estavam a prever realizar esta Assembleia Geral. Como se depreende, também não me informaram do seu teor. Só lhe posso dizer que a informação que tenho sobre esta proposta é igual à que qualquer outro sócio tem sobre a mesma.

O que acha sobre a proposta da Direcção quanto às alterações nos Estatutos da SAD?
Na altura do processo eleitoral, atendendo ao facto de ser sócio, mas também maior acionista da SAD não devia interferir. Achei que a minha manifestação pública poderia condicionar de qualquer forma a decisão de alguns sócios e assim mantive-.me equidistante. Deixei os sócios decidirem e assim mantive-me equidistante, respeitando a sua decisão. Agora acho que devo fazer o mesmo, pelo que, peço desculpa, não respondo em detalhe.

Neste contexto, está disponível para aumentar o investimento no Vitória, e em que condições?
Não gosto de falar do passado, mas temos de viver o passado. Na pior altura da vida do Vitória, fui eu que apareci para suportar de forma significativa e determinante a tesouraria do clube e da SAD. Fiz vários empréstimos, nunca cobrei um cêntimo, e quando foi preciso aumentar o capital por causa das regras do fair play financeiro, não só permitido que esses empréstimo se transformassem em capital, como ainda coloquei mais dinheiro para que o aumento de capital fosse um sucesso já que não havia subscritores para todo o capital. Se bem se recordam, foi nessa altura que passei de 52 para 57 por cento do capital, porque muitas pessoas que tinham posto dinheiro na primeira fase não puseram na segunda. Fiz isto porque me apaixonei pelo clube, pela cidade, senti-me envolvido e acarinhado. Agora, até tenho muito mais dinheiro investido noutros negócios do que propriamente no futebol.

Respondendo à questão...
Se for para o sucesso do Vitória, sim. Mas, tem de haver várias condições que terão de ser respeitadas. Mas, também já disse que se o sucesso do Vitória depende da minha saída eu não impedirei o sucesso do Vitória. Não é o meu desejo, mas quero é o sucesso do Vitória.


Marcações: Vitória Sport Clube, Mário Ferreira

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