PJ retoma investigações do caso BANIF

A Polícia Judiciária de Braga retomou a investigação de uma fraude financeira superior a 2,5 milhões de euros na delegação de Guimarães do Banif, que alegadamente envolve dois ex- gerentes e um ex-funcionário. Segundo a informação veiculada pela agência lusa, a investigação, que remonta a 2003, esteve suspensa à espera de um relatório pericial às contas da dependência bancária, que teve de ser feito pelos especialistas em contabilidade da PJ.
Os três ex-funcionários - que foram despedidos em 2003, com justa causa, pelo Banif - Banco Internacional do Funchal depois de terem sido alvo de processos disciplinares - "terão usado indevidamente dinheiro das contas de cerca de 20 clientes para aplicar na Bolsa".
O crime foi denunciado à PJ pelo próprio Banif, que teve de repor o dinheiro em falta nas contas dos clientes.
Os três suspeitos poderão ser acusados dos crimes de burla qualificada,
infidelidade, gestão danosa e falsificação de documentos, por terem burlado o banco, em proveito próprio, entre 1996 e 2002.
Entre as operações fraudulentas alegadamente realizadas pelos arguidos contam-se as de concessão de créditos a clientes, através de contas
caucionadas, e sua posterior utilização em operações de bolsa ou de depósitos suplementares, tudo sem autorização dos titulares.
Os lucros conseguidos com as operações financeiras eram apropriados pelos três ex-funcionários, sendo pagos aos clientes apenas os juros habituais sobre as verbas depositadas em conta.
O volume de verbas desviadas está ainda por contabilizar na totalidade, mas a PJ calcula que seja superior a 2,5 milhões de euros.
O caso foi denunciado ao Banif por um dos lesados e motivou uma
averiguação exaustiva às contas, seguida de queixa-crime do banco e
despedimento dos infractores.



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