Centro Hospitalar do Alto Ave é Centro de Excelência de doenças raras

O Ministério da Saúde designou o Centro Hospitalar do Alto Ave como Centro de Excelência de Doenças Raras.
A decisão foi agora tomada e passaram a ser considerados como Centros de Excelência o Centro Hospitalar do Alto Ave (CHAA), o Centro Hospitalar Universitário de Coimbra e o Centro Hospitalar de Lisboa Norte.

“É uma notícia que nos deixa muitos satisfeitos. É o reconhecimento de um trabalho de anos que, de alguma forma, demonstra o nosso mérito nesta área. As características da nossa região, em Guimarães e em outras zonas da nossa área de influência, fazem com que haja uma grande prevalência destas doenças. Ao longo do tempo fomos acumulando experiência, que foi agora reconhecida”, referiu Olga Azevedo, médica cardiologista do CHAA, de 33 anos, que se especializou neste tipo de doenças e que acompanha vários casos de doenças raras (neste momento cerca de 60, com tendência para crescer) na Unidade de Guimarães.

Da mesma forma, foi também constituída a Comissão Coordenadora do Tratamento das Doenças Lisossomas de Sobrecarga, com 6 elementos, ao nível nacional, da qual fará parte Olga Azevedo que afirma ser “um cargo de grande responsabilidade que me deixa honrada e com o qual estarei comprometida para fazer o melhor trabalho, garantindo a qualidade dos cuidados de saúde aos doentes. Sou cardiologista e sempre tive um gosto e uma diferenciação profissional na área das doenças do miocárdio, estudando estes doentes começamos a perceber que muitos casos eram hipertrofias ventriculares secundárias a doenças lisossomais, nomeadamente a doença de Fabry. Foi assim que o estudo começou e tem ganho grande dimensão, com previsão que continue a aumentar. Neste momento temos 9 famílias diagnosticadas com esta doença rara”.
Lembre-se que o CHAA é o maior centro ibérico deste tipo de doenças, sendo mesmo um dos maiores centros europeus de tratamento da Doença de Fabry, doença rara que teve origem em Guimarães há cerca de 400 anos, o chamado “efeito fundador”.

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