Médicos insurgem-se contra portaria do Ministério da Saúde

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) considera que a polémica portaria nº 82/2014 “constitui o mais violento ataque ao Serviço Nacional de Saúde e ao direito constitucional à saúde, visando proceder ao integral desmantelamento de toda a rede hospitalar pública”.
Em comunicado hoje divulgado, a FNAM alega que “esta medida só pode ser encarada como uma acção deliberada para fugir à discussão e até à negociação do seu conteúdo, dado que as portarias não estão obrigadas ao cumprimento dessas exigências legais gerais”.
“O secretismo da elaboração desta medida culminou com a sua publicação em portaria para criar a política do facto consumado”, referiu.

A FNAM denunciou que “de acordo com o conteúdo da portaria, grande parte das maternidades do nosso país vão ser encerradas”. Nos hospitais do chamado Grupo I, como é o caso do Centro Hospitalar do Alto Ave, deixa de existir a especialidade de obstetrícia, o que implica o encerramento da respetiva maternidade.
“A gravidade desta portaria ministerial culmina o trabalho disfarçado do Ministério da Saúde em aplicar continuadamente cortes muito superiores aos exigidos pela troika, colocando agora a nu uma política premeditada de destruição do SNS”, refere o documento da Federação Nacional dos Médicos.

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