D. Jorge Ortiga afirma que há muitas famílias que estão no limite da austeridade

D. Jorge Ortiga contestou o Governo quando diz que todos estão a fazer o mesmo esforço face às dificuldades. “Começo a convencer-me que as medidas são demasiado pesadas para um determinado tipo de pessoas”, lamentou D. Jorge Ortiga. O Arcebispo de Braga lembrou que “a luz sobe para todos, a água sobe para todos, os transportes sobem para todos, o IVA nos bens básicos sobe para todos”, porém, “100 euros num mês a mais nas coisas pode ser pouco para uma pessoa, mas para outra, cinco ou seis euros por mês pode ser muito”.
Na conferência sobre o papel da Igreja em tempo de crise, o presidente da Conferência Episcopal da Pastoral Social pediu ainda transparência aos políticos. “Devemos saber e devemos exigir aos governantes que digam exactamente quanto é que ganham por mês, que secretários têm, quantos motoristas têm, quanto é que pagam por cada reunião”, defende. D. Jorge Ortiga apontou como exemplo o caso da Capital Europeia da Cultura Guimarães 2012. “Se forem para Guimarães Capital Europeia da Cultura, tem gente que ganha um x para vir uma vez ou outra, mas depois ainda tem ajuda nas deslocações, ainda recebem por cada participação numa reunião, 500 euros digamos assim. “Isto continua a acontecer”, disse o Arcebispo.

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