VÍDEO: Vigília pela paz na Ucrânia juntou centenas de pessoas em Guimarães

 

Centenas de pessoas participaram esta noite, em Guimarães, na oração pela paz na Ucrânia, organizada pela Zona Pastoral da Cidade, pelo Arciprestado de Guimarães e Vizela e pelo Núcleo de Guimarães do Corpo Nacional de Escutas.

A vigília decorreu em pleno Largo do Toural, juntando pessoas de todas as idades, muitas delas segurando velas acesas e outras bandeiras da Ucrânia e cartazes com inscrições como "Stop the war".

Acompanhada pela mãe, Valentina Ivanchuk partilhou a tristeza que a violência do conflito com a Rússia trouxe aos seus dias. "Tenho lá família. A minha irmã e os meus primos. Todo o meu país está em perigo", disse, agradecendo o acolhimento que teve do povo português desde que, há 10 anos, decidiu mudar de vida e sair da Ucrânia. "Vim cá numa viagem de férias e apaixonei-me por Guimarães", contou, ao dar conta que a mãe veio passar o Natal e felizmente adiou a viagem para a Ucrânia. "Ela está ao meu lado. Mas tenho lá outros familiares. Esta guerra não tem sentido. É uma dor muito forte. Rezamos pela paz, mas não conseguimos parar de chorar", afirmou, enquanto segurava uma bandeira ucraniana, envolvida pela multidão, iluminada pelas centenas de velas.

Com um girassol na mão e uma vela na outra, a vimaranense Maria José Silva quis associar-se à manifestação colectiva de solidariedade com o povo ucraniano e com o povo russo que não se revê na decisão de Vladimir Putin. "Estou com eles todos os dias e a toda a hora, em oração, tanto com o povo ucraniano como com os russos que não querem estar na guerra . Achei que a Covid é que ia dominar o mundo, mas esta guerra é que é visível, a outra era invisível", declarou, explicando o sentido da flor artificial - um girassol - que trouxe para a vigília. "É uma flor que reflete energia positiva e é isso que pretendo com a minha mensagem de um apelo à paz", apontou, durante a iniciativa que foram partilhadas orações e entoados cânticos pela paz, contando com a presença de um sacerdote da igreja ortodoxa ucraniana.

"Ninguém fica indiferente ao que está a acontecer e os vimaranenses deram esta demonstração de solidariedade, saindo das suas casas na noite fria", observou o Padre Paulino Carvalho, sublinhando que "a oração é uma linguagem comum, de abertura à solidariedade".

Marcações: oração pela paz na Ucrânia

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