Alegada falência dolosa da Sisalex

No julgamento da alegada falência dolosa da Sisalex, uma ex-funcionária da empresa afirmou ser sua convicção de que havia um plano para provocar a falência. Maria Emília Mendes sustentou a sua convicção na alegada descapitalização da empresa. Deu como exemplo dessa prática o pagamento pela Sisalex de máquinas compradas por leasing mesmo depois de celebrar uma cessão de créditos com a empresa V. Carneiro Rafael de Famalicão e da facturação pela Varzicar da produção da Sisalex sem que a primeira das empresas pagasse qualquer renda. De resto, e ainda de acordo com a testemunha, para além da
Varzicar também a Orcama, ambas propriedade do arguido José Faria Silva, integrou o referido plano sendo que emitiu facturas e recebeu da Sisalex por fornecimentos de fio que nunca efectuou.
A testemunha referiu ainda que quando as instalações da V. Carneiro Rafael arderam, a Sisalex não possuía tela naquela empresa ao contrário do que foi reclamado pela empresa de Guimarães.
No decurso do seu depoimento, a testemunha referiu que foram emitidos outros documentos fictícios com única intenção de valorizar a posição dos credores no processo de recuperação da Sisalex. A testemunha revelou ainda que foi emitida uma factura falsa com intuito de recuperar IVA a que não tinha direito. Uma revelação que levou o procurador Adjunto a requerer a extração de uma certidão para ser enviada ao Ministério Público para proceder ao respectivo processo crime. Pela mesma razão o defensor dos antigos donos da Sisalex, fez saber que vai proceder criminalmente contra a testemunha.
O julgamento prossegue no próximo dia 2.

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