Julgamento do caso Dextra

O antigo encarregado da tinturaria da Dextra, afirmou ontem em tribunal que viu no armazém da empresa livros de guias de remessa da Apotheke. No entanto, desconhecia que alguma vez as duas empresas tivessem efectuado entre si qualquer negócio. Na opinião de José Salgado, a empresa nunca teve falta de encomendas e começou a revelar sinais de dificuldades económicas cerca de um ano antes do encerramento. A título de exemplo, a testemunha falou em atraso no pagamento não só de salários mas também a confecções que trabalhavam a feitio.
Já depois do encerramento da Dextra, a testemunha disse que visitou a empresa juntamente com outros trabalhadores tendo confirmado a falta de cerca de 50 máquinas de costura que o arguido Jorge Reis disse estarem guardadas para regressarem à empresa quando esta retomasse a laboração.
No entanto, uma ex-trabalhadora da Dextra que posteriormente instalou uma confecção confidenciou-lhe ter adquirido numa leiloeira de Santo Tirso duas máquinas que lhe disseram ser da Dextra.
José Novais disse ainda ser frequente que brunideiras da Dextra passassem a ferro vestuário dos arguidos na empresa.
O julgamento prossegue no próximo dia 11.

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