Governo garantiu apoio CEC 2012, projecto de dimensão nacional

O Primeiro-Ministro garantiu o apoio do Governo à Capital Europeia da Cultura em 2012. Na sessão de apresentação do projecto, realizada no grande auditório do Centro Cultural de Vila Flor, José Sócrates fez questão de sublinhar a dimensão nacional do desafio liderado por Guimarães. Com um investimento de 111 milhões de euros, a CEC 2012 promete tornar-se no maior evento cultural da Europa, fazendo de Guimarães uma academia criativa. O Primeiro-Ministro fez questão de indicar que a sua participação na cerimónia teve como finalidade sublinhar “a dimensão nacional do projecto”. “A Capital da Cultura é um projecto para Guimarães, mas é um projecto nacional”, frisou José Sócrates, ao realçar que o mais importante é a celebração dos valores europeus. “Considero o projecto como uma oportunidade de afirmação da cultura portuguesa no espaço europeu”, acrescentou, assegurando que a Câmara Municipal poderá contar com o apoio do Governo.
Durante a intervenção, o Chefe do Executivo adiantou que “Portugal sente-se muito honrado por estar representado por Guimarães”. Ao procurar uma explicação para justificar a sua observação, José Sócrates sustentou que “talvez a razão mais importante seja o facto de, em todas as cidades portuguesas, Guimarães ser aquela da qual todos os portugueses se sentem um pouco munícipes e cidadãos”. No seu entender, “Guimarães é a capital histórica do País”. Por isso, continuou, “todos os portugueses, hoje, sentem-se de Guimarães”.
Fazendo questão de recusar a ideia de que a CEC 2012 ser “apenas uma homenagem histórica a Guimarães”, José Sócrates declarou que “o projecto é visto por Guimarães e por todo o País como uma oportunidade de afirmação cultural, para se construir uma Cidade melhor, alicerçada num projecto cultural que permita construir um Portugal melhor”.
Para o Primeiro-Ministro, o sucesso da Cidade está dependente do investimento cultural e da requalificação urbana. “O que faz atrair talento é uma cidade bonita, que preserva a sua identidade e a sua memória, que trata bem o antigo e que aposta no novo, com orgulho nas novas expressões artísticas”, observou.
O discurso de José Sócrates encerrou a longa sessão de apresentação da Capital Europeia da Cultura – Guimarães 2012, onde ainda intervieram o presidente da Câmara de Guimarães, António Magalhães, o presidente do Painel de Selecção das Capitais Europeias da Cultura, Sir Bob Scott, o ministro da cultura, António Pinto Ribeiro, o presidente indigitado do Conselho Geral da Fundação Cidade de Guimarães, Jorge Sampaio, a presidente da Fundação Cidade de Guimarães, Cristina Azevedo, e o gestor indigitado do projecto Capital da Cultura, Carlos Martins.

Grande montra nacional em 2012

A Presidente indigitada da Fundação Cidade de Guimarães anunciou que a CEC 2012 está associada a um novo modelo “de desenvolvimento onde se pretende soltar a criatividade”. “Não vamos festejar o efémero, vamos criar fábricas de ideias que produzam talento”, garantiu Cristina Azevedo, ao salientar que a Capital da Cultura vai “cruzar pessoas, serviços, capitais, num mesmo território urbano, estando em curso uma operação empresarial para tornar Guimarães visível no mapa das relações”.
A responsável anunciou que todos os municípios do País serão convidados a visitar oficialmente Guimarães para mostrarem as suas potencialidades em 2012. “A Cidade será a grande montra nacional”, sustentou Cristina Azevedo, acrescentando que os peregrinos de Santiago de Compostela serão incitados em 2012 a visitar Guimarães.
Num discurso repleto de elementos simbólicos e dos afectos gerados pelo contacto com o modo de estar em Guimarães, a Presidente da Fundação assinalou que o projecto será o ponto de partida para “ refundar o futuro, as empresas, Portugal e a Europa”.

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