Vi há dias, lado a lado, vincando bem a diferença entre o que foi e o que passou a ser, duas fotos da parte final da margem direita do lado norte da rua de Santo António; como foi e como, há cinco ou seis décadas passou a ser.
Na mais antiga vi a minha me ninice e juventude incipiente e, na outra, o resto do meu tempo de vida até hoje.

Há raízes de que não conseguimos libertar-nos. Uma delas é a da antiguidade clássica. Essa, está-nos entranhada no sangue como saimel em arco de que representamos a chave contemporânea. E uma dessas suas componentes culturais, ainda que não identificável usualmente com as artes, é a da democracia ateniense. Nesse particular, nós cidadãos do presente e como escreveu o romântico François-René Auguste, mais ou menos, “sommes tous des grecs”.
terça, 11 dezembro 2018 19:16 em Opinião
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Dois momentosos assuntos são o tema para esta crónica e, evidentemente, para o juramento que, proferido, lhe dá o título;
Um, touradas
Dois, pedreira de Borba
terça, 27 novembro 2018 22:22 em Opinião
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É conhecida a expressão, e o significado de, o ovo de Colombo; seja o subterfúgio da sua autoria, ou não e refira-se à viagem para o outro lado do Atlântico ou ao mais antigo projecto da cúpula do Duomo de Florença.
terça, 13 novembro 2018 19:41 em Opinião
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Desde 09 de janeiro de 2006, data em que a Parca da roca e do fuso suspendeu a fiação da li-nha que para mim tecia mas, porventura porque a mana da tesoura estivesse a afiar o instrumento do corte, resolveu continuar, assim me ficando delas, Parcas, apenas o susto, e a recomendação, por quem se dedica a esticar o mais possível a linha que para cada um dos vivos elas tecem, de diariamente dedicar cerca de quarenta e cinco minutos da minha poupada vida a caminhar em passo de quem não quer chegar atrasado ao destino, que é precisamente o minuto 45 a contar daquele em que tiver partido.
terça, 30 outubro 2018 20:51 em Opinião
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Não há presente sem passado.
Tal qual a vida de cada um, a sociedade também consiste num processo que se arrasta à superfície do planeta há milhares de anos; centenas de milhares mesmo. E o que somos hoje, todos os humanos, é o resultado em movimento desse caminhar e das diversidades que entre nós se foram gerando. Ora, como será de fácil compreensão, a menorização que, por vezes, se faz do deixado para trás e, pior, o seu desconhecimento, pode não permitir uma leitura coerente da actualidade, desirmanando-a da sucessão que é e provocando a tendência para isolamento dos acontecimentos, como se, muitas vezes e na evidente diferenciação de circunstâncias, as suas causas remotas não proviessem de embriões que viram a luz nesses idos tempos.
quarta, 17 outubro 2018 01:25 em Opinião
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Estive pessoalmente envolvido nos antecedentes do conteúdo da Plataformas das Artes e da Criatividade, o que resultou não só de solicitação nesse sentido, mas igualmente pelo gosto e interesse que há muito era o meu de que Guimarães fosse dotada de uma estrutura cultural no âmbito das artes plásticas, pois que para praticamente todas as demais artes, a nossa cidade estava já suficientemente dotada de infraestruturas bastantes, de qualidade e, para mais, geridas de modo a fazer delas corpos cheios de vida e cumpridores da função que lhes foi destinada.